segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Livro observa influência da África na cultura e na arte brasileiras (RELEASE OFICIAL)

A África está no Brasil diariamente, rotineiramente. É perceptível a onipresença das culturas africanas em práticas cotidianas e a influência que exercem em inúmeras criações, seja no mainstream ou no underground. No hip hop, nos museus, na religião, no artesanato e em muitas outras representações.
Observar de forma minuciosa os caminhos dessas expressões culturais, indo além da questão da etnia, é a proposta de Roberto Conduru em Pérolas negras - primeiros fios: experiências artísticas e culturais nos fluxos entre África e Brasil, lançamento da EdUERJ.
Em 42 ensaios, o autor tece reflexões sobre o legado africano para a sociedade brasileira. São analisadas diferentes expressões culturais, almejando encontrar as Áfricas genuinamente brasileiras que permeiam a cultura e podem se expressar mesmo em artistas que não sejam afrodescendentes. 
Para isso, observa criações como as gravuras de Oswaldo Goeldi, as pinturas de Di cavalcanti, as artes plásticas de Rubem Valentim ou Lygia Pape, os ensaios fotográficos de Mário Cravo Neto e outros exemplos. Além de analisar obras específicas, o autor examina o processo como um todo.
"Na sua maioria, os diálogos com o universo cultural afro no Brasil focam nas religiões de matrizes africanas e na problemática social da negritude", explica Robeto Conduru no capítulo "Entre o ativismo e a macumba - arte e afrodescendência no Brasil contemporâneo".
Com uma abordagem multidisciplinar, com incursões na antropologia, na sociologia e em outras áreas do conhecimento humano, Pérolas negras é um livro indicado sobretudo aos estudiosos da arte, da história da arte e da cultura, com ênfase nas questões da africanidade e da afro-brasilidade.


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