quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Italo Moriconi dá dicas sobre o Café Literário da Bienal 2013



Diretor da EdUERJ, o professor Italo Moriconi é também o curador do Café Literário, evento com ampla programação na XVI Bienal Internacional do Livro do Rio de JaneiroA seguir, ele nos conta mais sobre a programação deste ano. 
Poderia indicar alguns destaques da programação do Café deste ano?

"Acredito que os diálogos com os autores alemães serão todos interessantes, por se tratarem de escritores muito representativos de uma nova geração de autores daquele país. Escalei uma excelente "seleção" de brasileiros para com eles dialogarem, vários dos quais estão sendo traduzidos para o alemão neste momento, graças ao estímulo que foi a escolha do Brasil para país homenageado da Feira de Frankfurt. Haverá tradução simultânea.

Outro segmento da programação que faz muito sucesso são os saraus poéticos. Este ano, teremos saraus em homenagem a Paulo Leminski, cujas obras completas lançadas recentemente configuraram um impressionante fenômeno de vendagem, e um outro sarau em homenagem a Vinicius de Morais, no ano em que se comemora seu centenário de nascimento.

A Bienal do Rio não podia deixar de homenagear o mais carioca dos poetas literários, pioneiro da conexão entre poesia e música popular em nossa cultura. Estarão na homenagem a Vinicius dois dos mais celebrados nomes da poesia brasileira atual, Antonio Cícero e Eucanaã Ferraz, acompanhados da inigualável poeta da palavra cantada Adriana Calcanhotto, que participará do Café nesta sessão e também numa outra sessão,  dedicada a seu trabalho com poesia infantil.

Além das inúmeras mesas com pesos pesados da literatura brasileira, assim como aquelas com autores estrangeiros de grande interesse (destaco Willi Gompertz, Matthew Quick, Mary Gabriel, Cesar Aira), gosto muito das propostas de sessões solo, jogando o foco sobre autores cuja trajetória combina excelência literária ou intelectual com forte presença na mídia, de modo que eles são representativos do novo perfil de escritor, em que a face jornalística adquire escala inédita de visibilidade e acatamento pelo público: Edney Silvestre, Miriam Leitão, Lya Luft. 

Estou muito feliz por Lya Luft ter aceito participar de nosso Café este ano. Ela é hoje, efetivamente, uma grande dama da nossa literatura. É uma honra recebê-la. Finalmente, assinalo a presença de alguns dos muito queridos amigos da Bienal, sem cuja presença o Café não seria o que é, ao longo dos anos: Ruy Castro, Ferreira Gullar, Laurentino Gomes, Mary del Priore, Ana Maria Machado, Luiz Rufatto.

Teremos ainda uma sessão especificamente dedicada a discutir o impacto das manifestações políticas de junho, com Frei Betto e Marcos Nobre. Esses são alguns destaques,mas a vasta programação do Café (são mais de 30 sessões, algo como 90 autores - não tenho o número preciso aqui)  tem muito mais coisa boa. Tudo é destaque na programação do Café, desculpem a imodéstia do curador!"


A Bienal (e o Café Literário) são realizados no Riocentro de 29 de agosto a 8 de setembro.

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